quinta-feira, 28 de outubro de 2010

DEUS CHAMA A TODOS!

        Todos nós temos uma vocação em nossa vida! Qual é a sua?
       Quando ouvimos o chamado de Deus em nossa vida, logo queremos compreender o que Ele quer de nós. Às vezes achamos que não somos capazes, mas nos esquecemos do infinito amor de Deus e que é Ele quem vai nos capacitar.
       O Pe. Wilson Czaia é pároco de uma Paróquia Pessoal, Nossa Senhora da Ternura, em Curitiba/PR, o segundo "natsurdo" a se ordenar Sacerdote no Brasil, agora com três anos exercendo seu ministério, esteve este fim de semana, (23 e 24 de outubro de 2010) no Seminário Maria Mater Ecclesiae do Brasil, Itapecerica da Serra/SP, para dirigir o 3º Encontro de convivência com os surdos, organizado pela PASSPASTORAL DE APOIO AOS SURDOS NO SEMINÁRIO.
      Com o intuito de conhecer a história vocacional do Pe. Wilson, o seminarista Luiz Antonio Guimarães, do Seminário Maria Mater Ecclesiae do Brasil, membro do SAVSERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL, na Forania Embu das Artes/SP, com a colaboração do Seminarista Ivanilton Oliveira dos Santos, professor intérprete de LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais na PASS, entrevistou Pe. Wilson, para melhor conhecermos sua história.
       Diante das dificuldades atuais, quando encontramos um sacerdote que nem mesmo alguns limites o impediram de se doar ao projeto de Deus, logo temos a vontade de saber como foi sua caminhada e como está sendo sua realidade atual.
       O Seminarista Luiz Antonio perguntou ao Pe. Wilson como se deu seu processo vocacional, como foi sua formação e quais as dificuldades que encontrou neste processo formativo. E hoje, já padre, qual seu trabalho e quais as dificuldades ainda encontradas, por fim, Pe. Wilson deixa uma mensagem a todos nós.

       Pe. Wilson é uma pessoa muito dedicada naquilo que se dispõe a fazer. É visível sua entrega total ao serviço do reino, sem medir esforços ele segue sua vocação atendendo aos planos de Deus em sua vida no serviço ao próximo, com alegria, entusiasmo, amor e zelo pelas coisas sagradas.
      Toda sua comunicação para propagar o Amor de Deus às pessoas, ele o faz através da LIBRAS. Em sua Paróquia em Curitiba, todos os sábados às 17h00 ele celebra a Santa Missa para um grupo de 200 a 300 pessoas surdas e também com outras deficiências, enfim, de toda sua Diocese e até mesmo de outros lugares do Brasil, pois, ele também dá assistência a outras Paróquias. Ou seja, realiza celebração dos sacramentos, em outros lugares do Brasil e também é convidado para encontros no exterior.
      Que a história do Pe. Wilson Czaia não sirva apenas para nos emocionar, mas, faça com que cada um de nós responda com mais amor ao chamado que Deus nos faz.

Por Luiz Alberto da Silva
Seminarista da Arquidiocese Militar do Brasil

sábado, 23 de outubro de 2010

A questão do ABORTO


O Pe. Jânio Pereira, C.M, fez públicos esclarecimentos indispensáveis para todos os católicos neste delicado momento que vivemos, para nosso futuro, para o futuro do Brasil e para a salvação das nossas almas. Pe. Jânio explica que “neste momento que estamos vivendo, momento eleitoral, muitas das nossas ovelhas estão sendo usadas verdadeiramente por interesses que comprometem e até podem conduzir à perdição das vossas almas”. Falo da discussão que no momento eleitoral atual tem ganhado a temática do aborto.
E esclarece:
A pessoa que apóia, divulga, comete, incentiva, de todas as formas, até as mais simples: se você sugere, dá um telefone, leva até uma clínica, se você aconselha de forma errada, você está participando de um modo material neste crime para nossa doutrina católica, neste pecado gravíssimo.
Desta forma, a pessoa, ela se auto-excomunga.
Não é necessário para entender a auto-excomunhão que um padre ou um bispo excomungue a pessoa. O próprio crime que a pessoa fez, ela por si ela já está excomungada. E aqueles que participaram se tornam criminosos e por isso pecadores.
Assista um vídeo que Pe. Jânio fala sobre este assunto:
Nós precisamos nos unir num só coração e numa só alma para rezar intensamente pelos rumos do Brasil. Não permitamos que as forças escuras e obscuras das trevas que estão a serviço de Satanás, que elas não imperem nesta Terra consagrada à Virgem Maria, Nossa Senhora Aparecida.
Que todos os anjos, santos, todos os arcanjos, todos os santos protetores e padroeiros que são sempre invocados com devoção sincera por este milhões de brasileiros que professam a Fé católica sejam defendidos de todo mal.
Que o Senhor abençoe e guie vossos corações que agora escutaram e estão prontos para decidir segundo a verdade do Santo Evangelho e da Tradição da Igreja.
“Que Deus vos abençoe e vos guarde sempre, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, Amém!”

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

TESTEMUNHO VOCACIONAL

Meu nome é Bruno Rogério Soares da Silva, tenho 22 anos, sou natural da cidade de Simão Dias/SE e pertenço à Diocese de Estância/SE, o bispo desta é o Senhor Dom Marco Eugênio Galrão Leite de Almeida. Minha família são cinco e católica, sendo que meus pais são coordenadores do ECC e da Pastoral da família; meu irmão caçula é coroinha e meu irmão mais velho é afastado da Igreja, porém respeita a instituição e apóia a minha vocação.
Foi neste meio que surgiu a minha vocação ao sacerdócio de Cristo. Entretanto, nunca quis ser um padre e nem sonhava com isso, mesmo que alguns amigos dissessem que aparentava como tal, eu negava tais afirmações. Todavia minha vocação se deu pela boca de um seminarista da minha cidade, no qual me fez um convite para conhecer o seminário em Estância; eu nem conhecia a cidade de Estância e muito menos o que era um seminário, mas aceitei o convite e fui ao lugar, isso foi no dia 14 de outubro de 2006. Sinceramente gostei do encontro e dos jovens que também lá estavam, esse foi o primeiro contato de vários que se sucedeu durante minha ida ao seminário. Mas esta decisão não foi tomada facilmente, pois estava fazendo o vestibular em etapas e não queria desistir, porém a voz de Deus foi mais forte e entreguei-me nesta caminhada que até o presente momento não tenho nenhuma dúvida e reclamação e sim uma grande alegria.
Então, entrei no Seminário Nossa Senhora de Guadalupe no ano de 2009, juntamente com outros oito jovens.
Agora estou dando continuidade a minha vocação no Seminário Maria Mater Ecclesiae do Brasil em Itapecerica da Serra/SP. Trata-se de uma grande oportunidade de estudar e ser orientado pelos Legionários de Cristo, além disso, poder conhecer novas pessoas de várias partes do Brasil e formar amizades, isto não tem preço que pague.
Portanto, minha vocação não foi algo misteriosa cheia de aparições de anjos e até mesmo de Nossa Senhora, mas algo simples e discreto. Vocês jovens que sentem o chamado de Deus em suas vidas não tenham medo de se entregarem ao convite de Deus, mas antes se sintam dignos por fazerem parte da messe do Senhor. Coragem e perseverem na alegria de serem santos cristãos neste mundo imerso em trevas.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

MENTIRA, A FALTA CONTRA A VERDADE

Por Wellington Barbosa da Silva
Seminarista da Diocese de Penedo/AL

Se quisermos dar uma definição para a mentira, o Catecismo da Igreja Católica, Nº 2.486, pode nos ajudar: A mentira, por ser uma violação da virtude da veracidade, é uma verdadeira violência feita ao outro, porque o fere em sua capacidade de conhecer, que é a condição de todo juízo e de toda decisão.
E a verdade, o que é? A verdade tem nome, conforme (João 14,6): Eu sou o caminho, a verdade e a vida. É uma pessoa: JESUS CRISTO, em cuja face resplandece o clarão da face de Deus, em toda a sua beleza; a luz verdadeira do mundo, que ilumina todo homem; Jesus, cheio de graça e verdade; seu Espírito é o Espírito da verdade; Ele é a verdade transcendental.
Feitas estas definições, podemos dizer que, assim como não existe escuridão, mas a ausência de luz, não existe mentira, mas a ausência da verdade. Por isso, vamos nos deter mais, nesta reflexão, na virtude da verdade e na falta desta.
Em primeiro lugar, existe uma crise em torno da verdade. Na Veritatis Splendor, Nº 35, o Papa João Paulo II nos diz que... a liberdade humana deseja “criar os valores”, e gozar de uma primazia sobre a verdade, até ao ponto de a própria verdade ser considerada uma criação da liberdade, e esta reivindicar tal autonomia moral que, praticamente, significaria a sua soberania absoluta. Como nos ensina o livro do Gênesis 2, 17, Deus proibiu ao homem comer da árvore da ciência do bem e do mal. Muitas vezes, fruto da desobediência, o homem cala a consciência, de uma maneira que passa a ter uma vida dúbia. E é possível ter uma vida dúbia. Por quê?
Pe. Léo, numa de suas pregações sobre a mentira, falava que não é fácil fugir à mentira, pois, desde pequenos, já começamos a aprender a mentir. Além disso, temos medos, e o maior medo é o de não ser amado como somos, de perder privilégios; vivemos a vida preocupados com nossa imagem e, por isso, usamos máscaras. Até no confessionário, sofremos a tentação de esconder pecado.
Em segundo lugar, quando o homem pensa possuir os critérios da verdade, quando ele pensa poder criar valores, ele começa também a pecar, e um forma de pecado é quanto à reputação, por meio de várias formas de mentira. Afinal, qual o pecado que não está de braços dados com a mentira?
O catecismo apresenta os vários pecados quanto à reputação das pessoas, os quais são relacionados com a violação do oitavo mandamento, NÃO LEVANTAR FALSO TESTEMUNHO:
Juízo temerário – quando se admite como verdadeiro um defeito moral no próximo, sem fundamento suficiente; Maledicência, falsidade, hipocrisia; Calúnia – quando se prejudica a reputação dos outros, dando ocasião a falsos juízos a respeito deles, com palavras contrárias à verdade; a maledicência e a calúnia ferem as virtudes da justiça e da caridade; quando ferem essas duas virtudes, a mentira torna-se mortal.
Finalmente, mesmo diante de todos esses males, nenhuma sombra de erro e de pecado pode eliminar totalmente do homem a luz de Deus Criador, o esplendor da verdade que brilha no íntimo do espírito humano. Nas profundezas do seu coração, permanece sempre a nostalgia da verdade; é o que nos afirma a Veritatis Splendor. 1. Esforcemo-nos para que seja o nosso ‘SIM’, SIM, e o nosso ‘NÃO’, NÃO, como nos ensina Jesus no Evangelho de Mateus 5, 37, pois, se dizemos que estamos em comunhão com ele e andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade (1João 1,6). Na justiça e santidade da verdade, livres da mentira, rejeitemos toda maldade, todas as formas de hipocrisia, de inveja e maledicência. (1Pd 2,1; Ef 4, 24-25).
              Que Maria, a Virgem imaculada, preservada de toda mancha de pecado, que precedeu Jesus como aurora resplandecente, ajude-nos a ser luz da verdade no mundo.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

VOCAÇÃO: DOM E MISTÉRIO

Por Diácono Luciano Martins de Almeida
Diocese de Novo Hamburgo/RS
Quando penso nesta simples palavra “vocação”, automaticamente abrem-se algumas das muitas janelas de minha mente e coração, que guardam os significados e os sentimentos referentes a cada palavra aprendida, seja pela leitura, seja pelo ouvir dizer. Enfim, como que uma reação em cadeia me leva a perscrutar o mais íntimo de mim mesmo e redescobrir que tal palavra indica um dom e um mistério.
Vocação, como é sabido por muitos, vem do latim “vocare, que a priori significa “chamar”. Ora, todo chamado indica uma possibilidade de que alguém esteja necessitando de nós, de nosso trabalho, das nossas muitas aptidões, da nossa generosidade em sairmos de nós mesmos e, sobretudo dos inúmeros dons com os quais o Criador nos presenteou. Todo chamado aponta para um horizonte de possibilidades que se abre diante de nossos olhos e que, só os mais audaciosos são capazes de vislumbrar.
Sendo este chamado uma possibilidade a qualquer tipo de ação generosa e empreendedora, a vocação se insere na dimensão do mistério, pois muitas vezes desconhecemos os propósitos e caminhos que Deus sonhou para cada um de nós, e mergulhamos sem muitos “por quês” ou “ao que isso nos vai levar”. Quando isto acontece, este chamado recebe o primeiro matiz do título deste pequeno texto: ela é um dom!
Ora, os dons que nos são concedidos por Deus, muitas vezes ficam ocultos aos nossos olhos, sendo necessária uma busca profunda e muitas vezes difícil através de nossa alma e coração. A vocação cristã, seja ela ao sacerdócio, ao matrimônio, ou à vida religiosa, exige de nós atenção e cuidado. Atenção porque o mistério de Deus é revelado apenas àqueles que se abrem ao seu amor e que sempre estão atentos, como as sentinelas que do alto das torres de guarda vigiam a cidade ou como Maria, que sempre esteve em sintonia com os planos e vontade de Deus. Deve ser cuidada, porque o dom de Deus em nós é algo precioso e tudo que aos olhos de Deus é precioso, deve ser cuidado com esmero e diligência.
Por fim, concluo este pequenino texto, partilhando com os irmãos a seguinte reflexão que tenho feito ao longo destes anos de formação e dedicação cuidadosa e atenta pelo dom e mistério de Deus em minha vida: por mais que o mundo insista em chamar-nos a um caminho diverso daquele pensado e querido por Deus, para nós, lutemos para que a obra de Deus se realize em nós, pois sabemos que Ele não escolhe os capacitados, mas capacita os débeis e frágeis instrumentos que somos nós, para o seu serviço.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

VOCAÇÃO E MISSÃO

Por Luiz Alberto - Seminarista
Iniciamos o mês de outubro, um mês que estaremos rezando pelas missões. E o que é ser um vocacionado(a) senão ser um missionário(a) de Jesus Cristo a todas as pessoas? Não importa onde estivermos, pois, o Senhor espera de nós a dedicação ao serviço. “A messe é grande, mas os operários são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie operários para sua messe” (Mt 9, 37-38).
"No coração da Igreja,
eu serei o amor"
E neste 1º de outubro celebramos a memória de Santa Teresinha do Menino Jesus, Virgem, ela que tão cedo ouviu o chamado do Senhor em sua vida e atendeu após muita luta, com autorização do Papa, por ser tão jovem, entrou para o mosteiro das Carmelitas de Lisieux. Com o imenso desejo de servir ao Senhor, logo encontrou nas Cartas de São Paulo uma resposta, nos capítulos doze e treze, “que não podemos ser ao mesmo tempo apóstolos, profetas, doutores, pois, a igreja consta de vários membros”.
Considerando o Corpo místico da Igreja, Santa Teresinha não se encontrou em nenhum dos membros enumerados por São Paulo, seu desejo era estar em todos eles. A “caridade” foi o eixo de sua vocação, ela entendeu que nos vários membros do Corpo da Igreja, o membro mais nobre é o coração e este está inflamado de amor. Compreendeu que os membros da Igreja são impelidos a agir por um único amor, e na falta deste amor os apóstolos não mais anunciariam o Evangelho. Ou seja, o amor encerra em si todas as vocações, o amor é tudo, abraça todos os tempos e lugares, o amor é eterno.
Santa Teresinha exclamou: “Ó Jesus, meu amor, encontrei afinal minha vocação: minha vocação é o amor. Sim, encontrei o meu lugar na Igreja, tu me deste este lugar, meu Deus. No coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor e desse modo serei tudo, e meu desejo se realizará”.
Santa Teresinha teve o desejo ardente de ser missionária, mas como sua saúde sempre foi muito frágil, nunca lhe foi permitido partir. Seu desejo se transformou em realidade depois de sua morte, pois, seus restos mortais andam a correr e a abençoar o mundo por onde tem passado.
Que Santa Teresinha, padroeira dos missionários, interceda por todos nós! Rezemos pedindo a Deus a graça de estarmos sempre disponíveis para servi-lo onde for preciso, sem medir esforços. Que sejamos fiéis a nossa vocação, seja as vocações religiosas, sacerdotais ou leigas, colocando nossos dons a serviço da Igreja, que também ela ajude aqueles que estão em busca de sua vocação, e que aqueles que dedicam sua vida às missões, possam ter a virtude de Santa Teresinha, o "AMOR".
Santa Teresinha do Menino Jesus! Rogai por nós!
Fonte: Liturgia das Horas - (volume IV)