domingo, 28 de novembro de 2010

O SENTIDO DA VIDA

Por Luiz Alberto - Seminarista
Uma reflexão para jovens

 2ª PARTE
Continuando nossa reflexão sobre o sentido da vida, nesta segunda parte, falarei um pouco sobre o que devo fazer para que minha vida tenha sentido. Temos exemplos de muitos santos que podem nos ajudar a meditar sobre este assunto. Mas, muitas vezes o sentido da minha vida está mais próximo de mim do que eu possa enxergar ou até mesmo sentir. E porque não podemos pensar que encontrar o sentido de nossa vida é encontrar nossa VOCAÇÃO? Eis a grande questão! Só encontrarei minha vocação quando se realizar em mim o sentido da vida.
Então, Como devo fazer para que minha vida tenha sentido?
Já podemos compreender que para ter sentido a vida, é necessário vivê-la intensamente, mas amando a si mesmo em primeiro lugar, depois amando as pessoas que fazem parte de nossa vida, consequentemente encontrar o sentido dela. Devo estar atento para não seguir minhas vontades sensíveis, pois, diz SÃO JOÃO DA CRUZ, “Tudo o que se experimenta, sensivelmente, muito prejudica a fé, a qual ultrapassa todo o sentido”. Ou seja, tudo aquilo que o mundo nos oferece com tanta facilidade, devemos ficar atentos, são essas coisas que muitas vezes prejudicam nossa fé.
“Torno a dizer: a alma que presa às graças sensíveis permanece ignorante e grosseira na vida da fé” (SÃO JOÃO DA CRUZ). Quando deixarmos de ser ignorantes na vivência de nossa fé, aí sim, começaremos a encontrar o sentido verdadeiro de nossa vida. Não posso viver pensando que sou a única pessoa existente no mundo, e que todos devem estar sempre ao meu dispor. Muitas vezes queremos ser a pessoa mais importante e achamos que todos devem dar atenção somente a mim. Devo então, reconhecer a importância que tem todas as pessoas que estão a minha volta, os meus limites e também os limites dos outros.
Enfim, não há uma receita para se encontrar o sentido da vida. Mas, o que temos são alguns pontos que nos ajudam a pensar mais sobre isso. Também em tão poucas palavras se torna impossível discorrer sobre um assunto tão importante em nossa vida. Devo deixar claro que esta reflexão não é somente para os jovens, pois, a juventude está em nosso coração e não somente na idade. Na próxima parte, onde estarei concluindo esta reflexão, teremos mais alguns exemplos que nos ajudarão em nossa reflexão sobre o sentido da vida.

domingo, 21 de novembro de 2010

O SENTIDO DA VIDA

Por Luiz Alberto da Silva
Seminarista
Uma reflexão para jovens

1ª PARTE

Qual o sentido deve ter a vida dos jovens nos dias de hoje? Alguns pontos são fundamentais para que se reflita na atualidade. 1) Como estou vivendo minha vida e quais são minhas perspectivas? 2) Como devo fazer para que minha vida tenha sentido em Jesus Cristo? 3) Onde devo encontrar o verdadeiro sentido da vida? Todas são questões atuais, pois, serão desenvolvidas em forma de reflexão para nossa vida. Encontrar o SENTIDO DA VIDA é encontrar o caminho de nossa vocação. Trataremos das questões por partes.
1)   Como estou vivendo minha vida e quais são minhas perspectivas?
Muitos jovens na atualidade vivem como se fossem donos “supremos” de sua própria vida, esquecem suas origens, que suas vidas são concedidas por um Criador, ou seja, por Deus. Muitas vezes não conhecem a Deus ou pouco se importam com Ele, como se Ele não existisse, agem como se fossem os donos do próprio nariz, também não pensam em suas famílias, seus pais, àqueles que por graça divina lhes concederam a vida.
Segundo o Papa Bento XVI, “O sentido da vida germina na família e a família é fundamental, porque ela é quem germina na alma humana a primeira percepção do sentido da vida”. Daí deve-se dar a importância necessária a família, é nela que o jovem deve buscar apoio, é de onde brotou sua vida é que ele vai conseguir alicerçá-la. O mundo oferece inúmeras oportunidades para a desvalorização da juventude, as práticas mundanas estão sempre a sua frente e são mais atraentes.
 “O demônio, possuindo mais domínio sobre as coisas corporais e exteriores, pode com maior facilidade nos enganar neste ponto, do que nas interiores e espirituais” (SÃO JOÃO DA CRUZ). São João da Cruz nos alerta em relação àquelas coisas que temos mais facilidades de sermos enganados, ou seja, àquelas corporais e exteriores, sempre estamos mais vulneráveis a elas.
Diferentemente podemos perceber o modo de como acontece naquelas que são interiores e espirituais, pois, estas nascem da nossa intimidade com Deus, e por isso estão sempre mais arraigadas. Mas para essa intimidade com Deus é necessário o abandono de si mesmo, e este acontece ao abandonarmos as coisas mundanas, e estas só conseguimos se estamos ligados diretamente a Deus. É diante destes pontos; abandono daquilo que não me faz bem e desejo de aproximação de Deus, é que minhas perspectivas estarão sempre ao encontro do sentido da vida.
         Em uma próxima oportunidade trataremos da segunda questão. Enquanto isso posssamos refletir como estamos vivendo nossa vida e quais são as perspectivas que temos em relação à ela.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

AS VOCAÇÕES NA IGREJA

Seminarista Alecio Souza Vieira
Diocese de Estância-SE

Jesus chama a todos!
A sociedade é uma composição de pessoas onde cada uma sente-se inclinada a fazer algo em particular. Desempenhar bem um trabalho, exercer uma profissão. Um artista plástico que já nasce com tal “dom”, provavelmente nunca será superado por outro que faz muitos cursos. A não ser que tente insistentemente, que tenha bons mestres e uma boa disciplina não se conseguirá fazer uma obra de arte tão bela quanto um artesão do interior que nem ler ao menos sabe. Isso por conta de uma habilidade nata, uma vocação que ele tem.
Vocação tem um sentido muito amplo. Sabemos que não se restringe ao campo religioso somente, seria reduzir tudo a religião. No entanto, aqui vamos tratar mais especificamente nesta área, vocações específicas dentro da Santa Igreja Católica Romana.
A palavra vocação quer dizer chamado (Vocatio-onis = em latim: chamar). O vocacionado é aquele que se sente chamado por Deus para desempenhar na Igreja um trabalho de santificação e serviço.
Chamamos de vocação específica a Sacerdotal, a religiosa, a matrimonial e a laical.
Vejamos cada uma delas:
·    Vocação sacerdotal
Esta é uma vocação muito importante na vida da Igreja, o sacerdote é aquele que oferece o sacrifício verdadeiro de Cristo, por Cristo e na pessoa de Cristo. Este é chamado a ser alguém que é consagrado, separado para o serviço do Reino de DEUS, como nos diz o Santo Padre Bento XVI em sua carta aos seminaristas: Quem quer tornar-se sacerdote, deve ser sobretudo um «homem de Deus». Quem abraça esta vocação abraça também a vida celibatária entregando-se por completo a Igreja.
·    Vocação religiosa
O religioso é consagrado a DEUS para viver ainda na terra aquilo que viveremos no céu. A vida religiosa também exige o celibato através do voto de castidade, procurando renunciar a tudo que é carnal para viver um amor puro, um amor fora das coisas terrenas. Nesta vocação também se faz o voto de pobreza, como prova do desapego a tudo que é temporal e o voto de obediência no qual se coloca a ouvir e seguir a Vontade de DEUS através dos superiores.
·    Vocação matrimonial
Toda vocação vem do amor, quem ama vive bem a sua vocação. Todavia, é no matrimônio que isto se torna mais explícito. O casamento é a realização mútua de um homem e uma mulher. Ambos se completam no amor, que implica a renúncia de si e de suas vontades para o bem estar do outro. Esta é a mãe de todas as vocações, pois é da família que saem os padres, as freiras e os leigos.
·    Vocação Laical
Os leigos que aqui citamos são aqueles que mesmo vivendo na comunidade paroquial abraçam o celibato para se dedicarem somente ao Reino de DEUS. Esta consagração especial, assim como na vida religiosa, constitui por si mesma um estado completo de profissão dos Conselhos evangélicos. Há institutos formados somente por leigos, ou que também contam com a presença desta tão bela vocação.
DEUS nos chama por primeiro a santidade, esta é uma grande verdade. Ele nos mostra um caminho específico. Cabe a nós, à luz do ESPÍRITO SANTO, discernir qual é a vocação que Ele nos chama, para que vivendo-a bem alcancemos a vida de graça, a vida de santidade.
Peçamos a Virgem Santíssima, a mãe das vocações, que nos ajude a sermos fiéis e obedientes ao chamado que DEUS nos fez. Assim seja!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

SEGUIR A VOCAÇÃO

O seguimento da vocação exige a entrega da nossa vida!
São Paulo na Carta aos Efésios, 4, 1-2a, nos diz: “Exorto-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, a andardes de modo digno da vocação a que fostes chamados: “com toda a humildade e mansidão...”.
O Senhor nos chama e espera de nós uma resposta. Nosso caminhar, nossa aceitação vai acontecendo à medida que nós abrimos o coração às graças de Deus em nossa vida. Devemos pedir ao Senhor a graça de estar sempre em Vosso dispor e a servi-lo de todo nosso coração.
Para seguir o chamado que Cristo nos faz, é preciso nos despojar a cada dia das amarras que nos impedem de dizer um “SIM” total ao amor de Deus. Seguindo a vocação aos planos de Deus é primordial a valorização ao dom da vida, pois, é nela que se dá o plano de Deus.
A partir da vida que é gerada nascem todas as vocações. O sacerdote deve ser um defensor unânime da vida. Como seguir a vocação se algumas vezes se colocam contra os planos de Deus?
É claro que existem muitos sacerdotes dando excelentes frutos, mas ainda encontramos alguns que são como a figueira que Jesus nos fala no evangelho de São Lucas 13, 7-9, “...Há três anos que venho buscar frutos nesta figueira e não encontro. Corta-a; por que há de tornar a terra infrutífera? Ele, porém, respondeu: Senhor, deixa-a ainda este ano para que cave ao redor e coloque adubo. Depois, talvez, dê frutos... Caso contrário, tu a cortarás”.
Deus é tão paciente conosco que nos impele a dar valor ao dom da vida. Ele espera que o homem se converta e frutifique. Pois, corre o risco, aquele que não se converter, em ser podado por Deus, e então não ter a chance de dar mais frutos.
Enfim, seguir a vocação ao sacerdócio exige renúncia total de si mesmo. Desta forma todos estarão cumprindo os planos de Deus em suas vidas e na sua missão, gerando muitos frutos.

Por Luiz Alberto
Seminarista

terça-feira, 2 de novembro de 2010

VOCAÇÃO À VIDA

Por Luiz Alberto da Silva
Seminarista

Nossa vocação é concedida pelo Criador, e é nos momentos de intimidade com Deus, é que vamos descobrir qual é nossa missão. Devemos nossa existência àquele que nos criou, quem nos deu o dom da vida, por isso devo encontrar qual é minha verdadeira missão.
Se eu não existisse, ninguém iria notar minha ausência; nem notaria a ausência de qualquer outro ou outra que existisse. Mas, antes de eu existir, Deus já me conhecia e amava; por isso me chamou à vida: sou criatura sua. Cada pessoa é criatura de Deus, amada e convidada por ele ao banquete da vida. A vida é, assim, o primeiro chamado de Deus, a primeira vocação.
Se a vida já é vocação, devo-lhe uma resposta. Qual será a resposta que Deus espera de mim? Certamente a vida tem um sentido a descobrir, uma obra a realizar. E ninguém o faz em meu lugar.
A primeira resposta ao chamado da vida é compromisso sagrado de quem a considera um dom de Deus confiado aos cuidados humanos. Colocar-se a serviço da vida já é responder a vocação.
O Primeiro e fundamental chamado divino é a grande vocação à vida, o chamamento à existência. Deus nos chama antes de tudo a sermos pessoas humanas realizadas e felizes. A animação vocacional deve contribuir para que todos atuem na realização de projetos que gerem vida e felicidade.
Seria um absurdo pensar que podemos servir a Deus, deixando de lado a vida dos irmãos e irmãs. Nossa vocação há de ser a da inclusão, do respeito a cada vida, sem exclusão de qualquer tipo.
"Todos, na Igreja, são chamados para um determinado serviço. Somos um povo de servidores." Devemos seguir os caminhos de Jesus servidor. Ele veio não para ser servido, mas para servir (Mc 10,45).